Na religião e mitologia grega, Pã era o deus dos campos, bosques,
pastores e rebanhos, montanhas selvagens, da caça e música rústica. Seu nome
vem da antiga língua grega, e significa Pasto. Sua aparência é híbrida, meio
humano, meio bode, tendo os quadris, pernas e chifres de um bode, da mesma
forma que um fauno ou sátiro.
Pã também está ligado com a fertilidade da primavera, e na
antiguidade, os gregos o caracterizavam como o deus da critica teatral.
A adoração a Pã começou em Arcádia, que depois ficou marcada
como a principal sede de seu culto. Arcádia era uma zona montanhosa que as
pessoas o cultuavam com estatuas, pedindo para que eles deixassem atravessar as
florestas em paz, e ter uma boa caça. Como ele era um deus rústico, não era
adorado em templos ou palácios e sim em ambientes naturais como os bosques,
cavernas e clareiras.
Pã é conhecido por portar uma flauta, que a lenda diz ser
formada de pedaços de uma ninfa, ou seja, uma vez no bosque, a bela ninfa
Syrinx não parou para ouvir os elogios de Pã, fugindo o mais rápido que podia,
até chegar as suas irmãs, então se transformou em um pedaço de cana, que com o
sopro do vento, conseguia emitir um som melodioso que encantou Pã, ele quebrou
a cana e assim fez sua flauta.
Pã também é famoso por seus poderes sexuais, sempre era
representado com um falo, e ensinava os atos da masturbação aos pastores que
vagavam sozinhos nos campos.
A constelação de Capricórnio é descrita como um peixe cabra,
para explicar melhor uma lenda diz que Pã foi atacado pelo inimigo Typhon, e
tentou fugir mergulhando no rio Nilo e disfarçou assim metade de seu corpo,
sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava a uma
cabra; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este
estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o em uma
constelação, a que seria Capricórnio.
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